É certo que o stock privado está a diminuir consideravelmente, em particular devido à explosão do alojamento turístico mobilado, mas também devido a numerosos proprietários que têm pied-à-terres em Paris, mas não os ocupam a longo prazo. Em dezembro de 2023, um estudo publicado pela APUR (sim, ainda o Atelier Parisien d’urbanisme, mas produz uma infinidade de estudos bem documentados sobre a capital e a metrópole da Grande Paris) mostrou, de acordo com os últimos dados do censo, que um em cada cinco domicílios (19%) é habitação desocupada na capital, ou 262 mil domicílios que não estão disponíveis para residentes.
Para combater este fenómeno, a cidade de Paris lidera, com outras cidades, há vários anos, uma longa luta por uma maior regulamentação das plataformas turísticas mobiladas. E, ao mesmo tempo, faz da produção de habitação social (e pública) uma das suas prioridades. O plano urbanístico local de 2006 já era um PLU para a construção de habitação social. A nova revisão das regras de urbanismo, votada na semana passada, ainda vai nessa direção (além de incentivar a ecologização da cidade). Objectivo declarado pela maioria: 40% de habitação pública em 2035, incluindo 30% de habitação social. A nova regulamentação visa produzir 2.830 unidades habitacionais por ano (incluindo 2.400 unidades habitacionais sociais). Mas, para atingir 30% de habitação social, a cidade também terá de concordar com isso. Desde 2001, foram financiadas 120 mil novas unidades de habitação social. Incluindo os actualmente em produção, representam agora 25,5% da frota, contra 13,4% em 2001.