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“Os Fantasmas do Hotel Jerome”: John Irving, extraordinário

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Escritor americano John Irving, em Madrid, em 2016.

“Os Fantasmas do Hotel Jerome” (The Last Chairlift), de John Irving, traduzido do inglês (Estados Unidos) por Elisabeth Peellaert, Seuil, 992 p., 29€, digital 21€.

Os leitores de John Irving entram em um novo romance do escritor norte-americano-canadense como entrariam em uma pensão onde mantêm seus hábitos. Com a certeza de encontrar elementos intangíveis de decoração (o estado de New Hampshire, um internato para meninos, etc.), hóspedes perpétuos (mães de caráter forte, ciumentas de seus segredos, padrastos admiráveis, treinadores de luta greco-romana, homens pequenos, mulheres gigantes, personagens queer, uma série de papéis coadjuvantes bastante excêntricos…), especialidades da casa (abundantes cenas de sexo embelezadas com mortes burlescas, espetaculares e trágicas), sem esquecer uma extensa biblioteca para se apoiar (Dickens, Melville, Shakespeare na liderança).

Alguns ficam no casa Irving são mais esquecíveis que os outros. Mas a lembrança dos melhores momentos oferecida pelo patrão – de Mundo de acordo com Garp tem eu vou te encontrar passando A Obra de Deus, a Parte do Diabo (Seuil, 1980, 2006 e 1986) – incentiva a voltar para lá em todas as oportunidades.

Principalmente porque não são tão numerosos: com Os Fantasmas do Hotel Jerome, o escritor, nascido em 1942, assina seu décimo quinto romance, quase sessenta anos após seu ingresso na literatura com Liberdade para os ursos (1968; Seuil, 1991); oito se passaram desde o anterior, Avenida dos Mistérios (Limiar, 2016). É preciso dizer que outra das suas características imutáveis ​​é a profundidade, tendo o autor um gosto por intrigas que se estendem por várias décadas e uma inclinação como contador de histórias alimentada pelos grandes romances do século XIX.e século para reviravoltas e digressões. Correndo o risco, às vezes, de tagarelar? É verdade. Mas ninguém pode acusar John Irving de mesquinhez narrativa.

O destino de Adão

Com Os Fantasmas do Hotel Jerome menos do que nunca. Com 1.000 páginas, é o mais longo de sua bibliografia. Encontramos todos os tropos anteriormente afirmados nesta história que acompanha Adam Brewster desde o seu nascimento, em 1941, de um pai desconhecido e uma jovem mãe esquiadora, até à primeira eleição de Donald Trump, em 2016. Entretanto, o destino de Adam será têm sido uma oportunidade para evocar secções inteiras da história americana: a Guerra do Vietname, a luta pelos direitos das mulheres e das minorias de género, a era Reagan, a devastação da SIDA…

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