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Michel Barnier faz gesto ao RN com congelamento de impostos sobre energia elétrica e endurecimento do auxílio médico estatal

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Michel Barnier deixa o Palácio do Eliseu, em Paris, quarta-feira, 27 de novembro de 2024.

Michel Barnier declarou, numa entrevista publicada online por Le Fígaroquinta-feira, 28 de novembro, tendo decidido não “aumentar impostos sobre eletricidade” e reduzir “significativamente” cuidados abrangidos pela ajuda médica do Estado (AME) na lei de finanças para 2025, que está atualmente em debate no Parlamento, mas deverá ser aprovada sem votação caso o Primeiro-Ministro decida usar o artigo 49.3 da Constituição.

Sobre estes dois assuntos, o chefe do governo faz um gesto claro em direção ao Rally Nacional (RN). Marine Le Pen, com quem Barnier se encontrou em Matignon na segunda-feira, como presidente do grupo parlamentar do Comício Nacional, mencionou o congelamento do aumento dos impostos sobre a eletricidade e o AME – incluindo o partido de extrema direita quer a supressão – entre as principais reivindicações do seu partido para considerar não votar pela censura do governo nos próximos dias.

Decidi não aumentar os impostos sobre a eletricidade na conta financeira de 2025disse Barnier ao diário, ao negar ter respondido diretamente ao RN sobre este assunto: “ Seja na minha maioria ou nos líderes da oposição que recebi: quase todos me pediram para evoluir “, ele disse.

“Depois de anos de aumentos, a ajuda médica estatal, cujo custo ascende a 1,2 mil milhões de euros, já está a ser estabilizada. Não vamos eliminá-lo, mas a “cesta de cuidados” coberta será significativamente reduzida”diz Michel Barnier sobre a AME, sempre em Fígaro. Antes de anunciar: “Vamos iniciar uma reforma da AME no próximo ano para evitar abusos e apropriações indevidas. »

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Há vários dias que aumenta a pressão sobre o governo, ameaçado de censura na Assembleia Nacional, num cenário de discussões orçamentais estagnadas. O Ministro da Economia e Finanças, Antoine Armand, afirmou, já na manhã de quinta-feira, que estava preparado para fazer “concessões” nos textos orçamentais, a fim de evitar ” tempestade “ económico-financeiro que resultaria, segundo ele, da queda do governo sem orçamento.

“Quaisquer que sejam as diferenças de valores que tenhamos, hoje estamos perante uma situação gravíssima para o país. O primeiro-ministro falou em “tempestade”. Não é uma palavra escolhida ao acaso, é uma palavra que tem ressonância financeira, económica e orçamental, e estamos obviamente dispostos a fazer concessões para evitar esta tempestade.declarou Armand na BFM-TV e RMC, dois dias após o alarme soado pelo primeiro-ministro, Michel Barnier, às “20h00” na TF1.

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O ministro já tinha mencionado o imposto sobre a electricidade, considera-se o aumento previsto na proposta de orçamento do governo “inadmissível” pelo Rally Nacional (RN). Os deputados do RN podem votar uma moção de censura, com seu contingente de 140 deputados (incluindo seus dezesseis aliados do grupo de Eric Ciotti).

Este imposto, que é uma das principais disposições do projecto de orçamento, autoriza o governo a elevar a tributação para um nível superior ao que vigorava antes do escudo tarifário contra a inflação. Prevê-se que arrecadará 3,4 mil milhões de euros. Enquanto o governo destaca uma redução de 9% na fatura de eletricidade francesa, graças à queda dos preços grossistas no mercado, o RN defende que seria ainda maior sem este aumento.

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Quinta-feira, Antoine Armand alertou todos os grupos tentados pela votação de uma moção de censura, enquanto os partidos de esquerda aliados na Nova Frente Popular (NFP) – PS, LFI, PCF e Ecologistas – prometeram apresentar uma assim que o Primeiro-Ministro faz uso do artigo 49.3 da Constituição para permitir a aprovação do orçamento do Estado e/ou da Segurança Social no Hemiciclo.

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O mundo com AFP

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