Paris 2024 – Matthias Dandois: “Carregar a chama foi mais intenso do que vencer uma competição”

Matthias Dandois: Basicamente foi Flammarion quem veio me ver, me dizendo que seria muito legal colocar minha carreira na escrita. E no início, eu realmente não sabia o que pensar sobre isso. Para mim, é Federer quem está escrevendo uma autobiografia. E na verdade, quando pensei nisso pela segunda vez, disse a mim mesmo que já tinha esquecido muitas coisas que aconteceram nos últimos vinte anos. Então, foi uma boa forma de fazer uma espécie de “recapitulação” de tudo o que aconteceu e mostrar aos meus filhos, aos meus entes queridos. Só por esse motivo, achei uma boa ideia.

Você fala do seu início que é bastante original porque foi enquanto assistia ao programa “A escolha é minha” que você quis fazer BMX.

MD: Sim, é verdade que é um programa que assisti um pouco nas tardes de quarta-feira. As pessoas vieram apresentar seu talento ou sua profissão. E lá estava um cara fazendo BMX Flat no set. E eu tinha parado de jogar futebol por causa de um treinador com quem não me dava bem. E quando vi esse cara andando de bicicleta, pensei: ‘Ele não precisa de treinador’. Ele parecia livre para fazer o que quisesse. E o melhor de tudo é que foi em terreno plano. E na minha cidade não havia pista de skate. Não havia infraestrutura para ciclismo. E então, disse a mim mesmo, posso ir fazer isso na rua perto da minha casa. E no Natal seguinte ganhei uma bicicleta!

Percorremos um longo caminho desde então, incluindo nove títulos mundiais de BMX Flat e, neste verão, os Jogos Olímpicos em que você participou de diferentes maneiras porque sua disciplina não é olímpica.