O activista independentista da Nova Caledónia, Christian Tein, encarcerado em Mulhouse (Alto Reno), continuará detido em França, decidiu o Tribunal de Recurso de Nouméa na sexta-feira, 29 de Novembro, após a invalidação em Outubro da sua colocação em detenção pronunciada em primeira instância, segundo seu advogado Pierre Ortet, à Agence France-Presse.
“Vamos recorrer para o Tribunal de Cassação e é óbvio que iremos até ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, nomeadamente sobre as condições da transferência. Continuamos, não desistimos”comentou François Roux, outro advogado de Tein.
Em 22 de outubro, o Tribunal de Cassação invalidou a detenção do Sr. Tein, ordenando que esta decisão fosse reexaminada por um tribunal de apelação. O tribunal reconheceu uma “quebra de confidencialidade” intercâmbios entre advogados e seus clientes, entrevistas por videoconferência podem ser gravadas. Outro activista da independência, Steve Unë, beneficiou da mesma decisão.
Acusado por sete acusações
Ambos são membros da célula de coordenação de acção no terreno (CCAT), organização acusada pelo governo de estar na origem dos motins que assolaram a Nova Caledónia desde Maio, causando treze mortos e danos estimados em mais de 2 mil milhões de euros.
O Sr. Tein está indiciado por sete acusações, incluindo cumplicidade em tentativa de homicídio, roubo organizado com arma, participação em associação criminosa com vista à preparação de um crime.
Preso em 19 de junho, foi colocado em prisão preventiva e imediatamente transferido para França em 23 de junho com outros seis ativistas, a bordo de um avião especialmente fretado. Tein sempre negou ter pedido violência.
