António Costa assumirá, domingo, 1er Dezembro, as suas funções como Presidente do Conselho Europeu. O antigo primeiro-ministro português, que, nesta qualidade, participou nas cimeiras de chefes de Estado e de governo europeus de 2015 a 2024, conhece bem a instituição e os seus membros. Desde setembro que o socialista se prepara. Percorreu os vinte e sete Estados-membros, com excepção da Bulgária e da Roménia, durante o período eleitoral. Encontrou-se também várias vezes com Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão.
Em entrevista com MundoAntonio Costa dá suas primeiras reflexões. Em primeiro lugar, rompendo com o seu antecessor, Charles Michel, quis mudar o seu método de trabalho, para dedicar mais tempo aos debates estratégicos. Ele planeja ligar para o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, logo após o 1er Dezembro, e já marcou uma reunião com Volodymyr Zelensky, o presidente ucraniano. Sobre defesa, competitividade, migração, o português expõe as principais linhas de pensamento.
Conheceu vinte e cinco chefes de estado e de governo europeus. Quais são suas demandas?
Todos acham que há espaço para um trabalho melhor. Querem dedicar mais tempo às discussões políticas, aos assuntos estratégicos, e menos à elaboração das conclusões dos conselhos europeus. Eles aspiram a picos mais curtos. Apelam também a debates mais informais sobre temas específicos. Além disso, no dia 3 de fevereiro de 2025, organizaremos, na Bélgica, um dia de reflexão sobre defesa em que participarão os líderes europeus e será convidado o Secretário-Geral da NATO [Mark Rutte] e o primeiro-ministro britânico [Keir Starmer].
Como vê a relação com Ursula von der Leyen, com quem Charles Michel esteve em guerra aberta?
Todos desejam um relacionamento tranquilo entre as instituições. E acho que não é muito difícil. Tenho um ótimo relacionamento com Ursula von der Leyen, não vejo por que isso mudaria. Decidimos nos ver uma vez a cada duas semanas e eu ficaria encantado em aumentar essas reuniões, se necessário.
Quais serão suas prioridades?
Os líderes europeus identificaram três: defender os nossos valores, trabalhar pela prosperidade e agir pela paz.
A presidente do conselho italiano, Giorgia Meloni, foi a única, entre os Vinte e Sete, a opor-se à sua nomeação. Será isto um presságio de dificuldades particulares com Roma?
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