Cientistas da Nova Zelândia começaram a dissecar o cadáver de uma baleia de bico de Travers que apareceu no início deste ano na Ilha Sul, uma espécie rara da qual apenas sete espécimes foram registrados no mundo, segundo um zoólogo.
Com cinco metros de comprimento, os restos mortais da baleia foram retirados da praia em julho e desde então estão armazenados em um freezer especial.
Este mamífero marinho é “apenas o sétimo espécime conhecido mundialmente e a primeira oportunidade que tivemos de realizar uma dissecação deste tipo”, disse Anton Van Helden, especialista em baleias.
A dissecação, que durará uma semana, permitirá conhecer mais sobre o comportamento da baleia, a sua dieta, mas também as suas características anatómicas.
“São mergulhadores de águas profundas raramente vistos no mar, o que representa um verdadeiro desafio para a investigação destes animais marinhos”, disse Van Helden.
O Departamento de Conservação da Nova Zelândia declarou a baleia de bico de Travers “a mais rara do mundo”.
A espécie foi descrita pela primeira vez em 1874 a partir de uma mandíbula e dois dentes coletados nas Ilhas Chatham, na costa leste da Nova Zelândia.
Esta amostra, assim como os restos de outros dois exemplares descobertos na Nova Zelândia e no Chile, permitiram confirmar a existência de uma nova espécie.
Mas devido aos poucos exemplares encontrados e como nenhum destes mamíferos marinhos foi observado vivo, a baleia-de-bico-de-Travers encontra-se na categoria “deficientes em dados” da União Internacional para a Conservação da Natureza.
