O grupo Canal+ confirmou a retirada dos seus quatro canais pagos da TDT a partir de junho de 2025. Esta decisão histórica diz respeito ao Canal+, Canal+ Cinéma, Canal+ Sport e Planète, deixando apenas CNews e CStar na rede terrestre gratuita.
Esta grande transformação alcançará cerca de 700 mil assinantes ainda dependentes da TNT. Para garantir a continuidade do serviço, o grupo compromete-se a fornecer os equipamentos necessários que permitam o acesso aos programas através de outros meios de difusão: satélite, ADSL, fibra ou aplicação Canal+ em ecrãs conectados.
Por trás deste golpe está uma reacção a diversas restrições regulamentares e financeiras. O grupo enfrenta nomeadamente um aumento do imposto pago ao Centro Nacional de Cinema (CNC) e um possível questionamento do seu IVA reduzido. Mas é sobretudo a retirada da aprovação do C8 por parte da Arcom, na sequência dos numerosos deslizes no desfile de Cyril Hanouna que resultaram em 7,6 milhões de euros em multas, que parece ter catalisado esta decisão.
Aplausos finais para Canal+ na TNT
Esta decisão, aguardada há vários anos, inscreve-se sobretudo numa estratégia mais ampla de transformação digital. Presente em 52 países com 26,8 milhões de assinantes, dois terços dos quais fora de França, O Canal+ se prepara para um IPO em Londres no dia 16 de dezembro, sob a égide de sua controladora Vivendi.
Para o panorama audiovisual francês, esta retirada liberta vagas na rede TNT, abrindo potencialmente caminho a novos intervenientes. Também é possível que o Canal+ tenha decidido seguir melhor os padrões de consumo televisivo, os espectadores favorecem cada vez mais as soluções digitais em detrimento dos métodos tradicionais de transmissão.
A TDT, que continua a ser o único meio de recepção para cerca de 20% dos lares franceses equipados com televisão, viu assim a sua oferta paga consideravelmente reduzida.
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