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o IGAS sublinha a natureza tardia do diagnóstico

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O relatório da Inspecção-Geral dos Assuntos Sociais (IGAS) sobre a morte de Lucas nas urgências de Hyères em Outubro de 2023, tornado público na sexta-feira, 6 de Dezembro, revela “várias avarias” tendo gerado “atrasos e dificuldades na prestação de cuidados” do paciente, de 25 anos, que sofre de uma infecção meningocócica invasiva.

“O primeiro exame médico acontece quase quatro horas depois da triagem inicial”enquanto os dados recolhidos pela enfermeira de acolhimento e orientação deveriam ter conduzido a um exame médico no prazo máximo de duas horas, nota a organização.

“Ao nível da triagem nem toda a informação é recolhida”em especial alguns sintomas observados pelas equipes do Samu e “durante o tratamento, os sinais de alerta não desencadeiam sistematicamente ações específicas”ele continua, observando que “transcrição” informações no prontuário do paciente “não é sistemático”. O “triagem”entretanto realizado por dois cuidadores, “subestimar[é] gravidade » do seu estado de saúde, segundo o IGAS, que reporta um atraso no envio das análises biológicas ao laboratório localizado em Toulon, face aos procedimentos previstos.

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Presença acima da média

Os especialistas ouvidos pelos fiscais acreditam, diante dos autos, que Lucas deveria ter se beneficiado de uma “monitoramento rigoroso dos sinais vitais” e que o diagnóstico deveria ter sido mencionado quando o seu estado piorou. Contudo, não podem afirmar “do que a implementação anterior” manobras de reanimação teriam evitado sua morte.

Os autores do relatório especificam ainda que as urgências de Hyères receberam naquele dia 114 pacientes, enquanto a média anual é de 96 por dia, num período intenso de verão, o que também aconteceu para os restantes serviços de urgência do Var.

A IGAS observa ainda que o hospital implementou um plano de ação após a tragédia “consistente” para o serviço de urgência, como a reabertura de camas geriátricas de curta duração, cuja ausência contribuiu para o congestionamento do serviço no dia da tragédia, ou a criação de um cargo de auxiliar de enfermagem. No entanto, ele recomenda “confiar ao médico encaminhador a missão de supervisionar a alocação dos pacientes à equipe médica e de enfermagem e garantir o cumprimento dos prazos de tratamento” ou “reexaminar as possibilidades de financiamento da ampliação das instalações do serviço de urgência”.

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O mundo com AFP

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