Os radicais islâmicos do HTS, que lançaram uma ofensiva relâmpago em 27 de Novembro e chegaram a Homs em menos de uma semana, estão a tentar retomar a cidade, a terceira maior cidade da Síria. Mas Homs resiste ao ataque, graças a um “linha de defesa” estabelecido pelo exército sírio “no anel viário norte”apoiado notavelmente pela Força Aérea Russa, indica o especialista Fabrice Balanche em seu blog. “Para acabar com isso, eles poderiam recorrer a homens-bomba como em Aleppo”.
Leia também
Síria: depois de conquistar Aleppo e Hama, os rebeldes aproximam-se de Homs
Esta cidade de maioria alauita (minoria à qual está ligada a maioria dos membros do clã Assad) é “mais difícil de conquistar do que as cidades sunitas de Aleppo e Hama”conquistada com muita facilidade nos últimos dias pelos islamitas, aponta o geógrafo. Os islamistas do HTS não são bem-vindos ali, porque a Frente Al-Nusra, precursora do seu grupo e afiliada à Al-Qaeda, realizou ataques mortais contra os alauitas da região no início da guerra civil.
O exército sírio concentra ali as suas forças porque “a queda da cidade significaria que o caminho para Damasco estaria aberto. Esta seria também a abertura para Tartous, a base marítima russa, e para o país alauita.explica Fabrice Balanche.