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Podem estas larvas salvar-nos dos nossos abundantes resíduos plásticos?

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Nos últimos anos, a ciência identificou alguns insetos comedores de plástico. Mas podemos esperar que eles possam nos livrar de todos os nossos resíduos plásticos? Os pesquisadores têm uma resposta.

Há algumas semanas, uma descoberta causou polêmica na mídia. O das larvas da larva da farinha que apresentam um apetite particular por… poliestirenopoliestireno. Surgiu então a ideia de confiar a esses poucos insetos, agora conhecidos por decomporem o plásticoplásticoo cuidado de solucionar os problemas colocados pelos nossos resíduos. Lembremos que produzimos atualmente mais de 450 milhões de toneladas de plástico por ano. Um número que poderá triplicar até 2060. E grande parte deste plástico acaba na natureza. O resto requer um certo esforço para ser processado e reciclado.

Quanto plástico um inseto pode comer?

Mas será realmente razoável pensar que os insectos possam devorar tanto plástico? Já há alguns anos, quando acabaram de descobrir, por acaso, que os vermes de cera (Galeria mellonella) comeram as sacolas plásticas – afinal, a cera de que se alimentam é, assim como o plástico, formada por uma longa cadeia deátomosátomos de carbonocarbono -, pesquisadores da Universidade de Cambridge (Reino Unido) queriam ter uma ideia.

Descoberto fungo comedor de plástico no vórtice de lixo do Pacífico

Eles colocaram minhocas de cera polietilenopolietileno (PE), a forma de plástico mais comum no mundo. E eles relataram no jornal Biologia Atual que cada minhoca cavou em média 2,2 buracos por hora. Em uma noite, cem vermes de cera degradaram 92 miligramas de um saco plástico. Uma taxa que levaria cerca de um mês para quebrar um saco inteiro de cerca de 5,5 gramas.

Quando se trata da luta contra a poluição plástica, a prioridade está em outro lugar

Segundo a Comissão Europeia, pelo menos 5 milhões de toneladas de resíduos plásticos são despejados nos oceanos do mundo todos os anos. Para eliminá-los, seria necessário mobilizar várias dezenas de milhões de vermes de cera. Ou outros insectos, porque os investigadores pensam agora que provavelmente existem muitas outras espécies capazes de se decompor – em etilenoetileno glicol, neste caso um produto encontrado em anticongelantes – plásticos. Mas ainda acreditam que, sem limitar a produção e desenvolver a reciclagem, não conseguiremos resolver o problema da poluição plástica. Entretanto, a adoção do tratado global para acabar com a poluição plástica em discussão há poucos dias em Busan (Coreia do Sul) foi… adiada para o próximo ano!

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