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Uma surpreendente nova forma de vida identificada em nosso sistema digestivo por cientistas

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Uma descoberta revolucionária abalou a nossa compreensão do microbioma humano. Os pesquisadores identificaram uma nova classe de entidades biológicas em nosso sistema digestivo: “obeliscos”. Poderiam estas enigmáticas estruturas de RNA ser o elo perdido entre moléculas genéticas primitivas e vírus complexos? Vamos mergulhar nos mistérios desta descoberta cativante.

O mundo microscópico que povoa o nosso corpo nunca deixa de nos surpreender. Em Janeiro passado, uma equipa de cientistas da Universidade de Stanford anunciou uma grande descoberta que poderá redefinir a nossa compreensão da vida microbiana. Nas voltas e reviravoltas do nosso sistema digestivo, eles identificaram uma nova classe de entidades biológicas chamadas “ obeliscosobeliscos “. Estas estruturas misteriosas, compostas por RNA, são diferentes de tudo o que se conhece até agora.

Obeliscos: entidades biológicas únicas

Os obeliscos distinguem-se pela sua natureza singular. Estes são pedaços de material genéticomaterial genético de tamanho notavelmente pequeno, contando aproximadamente 1.000 nucleotídeos. Esta brevidade provavelmente explica por que passaram despercebidos até agora. A sua estrutura retorcida em forma de bastão deu-lhes o nome, evocando monumentos egípcios.

A equipe de pesquisa, liderada pelo biólogo Ivan Zheludev, analisou mais de 5,4 milhões de conjuntos de dados genéticos publicados. Seus resultados são surpreendentes:

  • quase 30 mil obeliscos diferentes identificados;
  • presença em aproximadamente 10% dos microbiomas humanos estudados;
  • em algumas amostras orais, até 50% de presença.

Esta omnipresença sugere que os obeliscos podem desempenhar um papel importante, embora pouco conhecido, na nossa ecossistemaecossistema microbiano.

Uma ponte entre mundos microbianos?

A descoberta dos obeliscos levanta muitas questões sobre a sua origem e função. Estas entidades parecem ocupar um espaço intermediário entre as diferentes formas de vida microbiana conhecidas:

Característica

Obeliscos

Vírus RNA

Viróides

Plasmídeos

Composição

ARN

ARN

ARN

ADNADN

CodificaçãoCodificação de proteínasproteínas

Sim

Sim

Não

Variável

Cápsula de proteína

Não

Sim

Não

Não

Pesquisadores conseguiram isolar uma espécie de obelisco em Streptococcus sanguinisum bactériabactéria comum na boca humana. Por outro lado, o seu impacto nos hospedeiros bacterianos e o seu modo de propagação permanecem por elucidar.

Oblins: uma nova classe de proteínas

Uma das descobertas mais intrigantes diz respeito às proteínas codificadas pelos obeliscos, chamadas “oblins”. Essas proteínas, presentes em todos os obeliscos estudados, ocupam pelo menos metade do seu material genético. A semelhança entre os diferentes tipos de obeliscos sugere que eles poderiam desempenhar um papel crucial na sua replicaçãoreplicação.

Mark Peifer, biólogo celular da Universidade da Carolina do Norte, não envolvido no estudo, disse: “ É completamente louco. Quanto mais olhamos, mais coisas incríveis vemos “. Esta reação ilustra a importância potencial desta descoberta para a nossa compreensão da evolução microbiana.

Perspectivas e questões abertas

A descoberta dos obeliscos abre um novo capítulo emocionante no estudo do microbioma humano. Várias linhas de pesquisa estão surgindo:

  1. Determine a origem evolutiva dos obeliscos.
  2. Compreender o seu papel no ecossistema microbiano.
  3. Estude seu impacto potencial na saúde humana.
  4. Explore sua presença em outros ambientes microbianos.

Os pesquisadores apontam que essas entidades podem não ser de natureza viral, mas sim se assemelhar a “plasmídeos de RNA”. Esta hipótese poderia redefinir a nossa compreensão das formas mais simples de vida.

A descoberta dos obeliscos ilustra até que ponto o mundo microscópico ainda esconde mistérios. Lembra-nos que mesmo nos recantos mais íntimos do nosso corpo, a natureza continua a surpreender-nos, abrindo novas perspectivas sobre a origem e evolução da vida.

Fonte

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