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O que estas armadilhas subaquáticas revelam sobre as raízes do poder maia

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Se os maias são conhecidos pelos seus templos e pelo seu conhecimento astronómico, é a sua experiência na pesca que recentemente fascinou os investigadores. Não é à toa que as fotos aéreas permitiram identificar antigas construções dedicadas à pesca, construídas há vários milénios.

O período Mesoamericano é particularmente fascinante, oferecendo aos arqueólogos um vasto campo de pesquisa para compreender oemergênciaemergência das primeiras civilizações do outro lado do Atlântico. Ao sul da província mexicana de Yucatán fica um pequeno estado, Belize. No coração da reserva natural Santuário de Vida Selvagem de Árvore Torta (CTWS), especialistas avistaram estruturas incomuns, submersas sob o manguemangue. Alguns fotografiasfotografias a vigilância aérea permitiu a detecção do que parecem ser sistemas destinados a pescapesca. A sua extensão surpreende os arqueólogos, que estimam que tais redes teriam permitido alimentar vários milhares de pessoas ao longo de vários anos.

Na raiz da expansão agrícola na América arcaica

Um estudo publicado em Avanços da Ciênciaem 22 de novembro, levanta o véu sobre essas descobertas recentes. Há 6.000 a 8.000 anos, caçadores-coletores da América Central estabeleceram-se no zonas húmidaszonas húmidas e manguezais, provavelmente devido à biodiversidadebiodiversidade observável neste tipo de região. Foi nesse mesmo período, denominado “arcaico”, que surgiram as primeiras armadilhas destinadas a capturar PeixesPeixes.

Os maias, pioneiros no domínio da pesca intensiva

Porém, essas armadilhas sofisticadas são encontradas na cultura maia, que começou a despontar como potência regional no início do II século.e milénio AC. Com o sistema desenvolvido, as populações locais poderiam ter pescado até 800 toneladas de peixe, para alimentar cerca de 17.000 pessoas que viviam em Belize. Tal como no Médio Oriente, na Ásia e na Europa, a agricultura e os métodos de controlo do ambiente desenvolvem-se com a fixação de pessoas. As estruturas estudadas em Belize também foram utilizadas posteriormente na bacia amazônica.

Para os antropólogos, o controle dos cursos de água e esses métodos intensivos de pesca teriam permitido aos maias se estabelecerem como uma das culturas dominantes da América Central durante a Antiguidade.

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