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O julgamento de estupro em Mazan, da luta pessoal à consciência coletiva

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Perante o tribunal de Avignon, 19 de dezembro de 2024.

TEM Ao final de três meses e meio de audiências, Dominique Pelicot foi condenado, quinta-feira, 19 de dezembro, pelo tribunal penal de Vaucluse, à pena máxima de vinte anos de prisão, na sequência das requisições do Ministério Público, por violação agravada do seu ex- esposa, Gisèle Pelicot. Os cinquenta co-arguidos, neste contundente caso, foram todos também condenados a penas que vão desde três anos de prisão, dois dos quais suspensos, até quinze anos de prisão criminal – penas, porém, inferiores às requisitadas.

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Este veredicto altamente antecipado é o ponto alto de um julgamento “fora do normal”, quem tem começou em 2 de setembro. A qualificação, utilizada em particular na sua acusação pelo procurador Jean-François Mayet, não é usurpada. Excepcional, o processo e depois o julgamento conhecido como “as violações de Mazan” (Vaucluse) foram invulgares em vários aspectos. Pela serialidade dos fatos expostos – quase 200 estupros agravados, ocorridos de 2011 a 2020. Pela quantidade de provas materiais apontadas pelos investigadores – cerca de 20 mil fotos e vídeos de Gisèle Pelicot arquivados pelo marido. Mas também pelo número de co-réus julgados ao lado deste último – cinquenta. Sem esquecer a personalidade perversa de Dominique Pelicot, 72 anos, julgado por estupro triplo agravado (pelo cônjuge, em reunião e sob submissão química) cometido contra a ex-mulher, após cinquenta anos de convivência.

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