No outono de 2019, o Ministério do Interior anunciou a criação de uma célula da gendarmaria chamada Demeter, destinada a “luta contra ataques agrícolas e intrusões em fazendas”. O ministério justificou então a criação desta célula citando um aumento acentuado dos ataques ao mundo agrícola, cometidos em particular por activistas ambientalistas ou anti-especistas. Em vários departamentos, foram criados observatórios agrícolas, reunindo os serviços do prefeito, da gendarmaria, da inteligência territorial, do Ministério Público e dos sindicatos agrícolas.
Qual foi o resultado dessas medidas? Longe dos discursos que legitimaram, em 2019, a abertura da caça à agricultura, este fenómeno continua quase impossível de encontrar cinco anos depois. Ao mesmo tempo que está no centro das propostas parlamentares que visam endurecer a resposta criminosa às ações dos ativistas ambientais.
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