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Olga de Amaral, uma revelação na Fundação Cartier

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Olga de Amaral, na Fundação Cartier, Paris, no dia 9 de outubro.

O vento estremece sob a crina, a terra brilha sob a lã, o ouro e as folhas caem suavemente, tudo está pendurado por um fio. Tecendo, Olga de Amaral fez dela muito mais que uma profissão. Dos seus dedos de tecelã nascem crepúsculos, outonos, pedreiras escavadas com veios de ouro e minas de carvão, paisagens da Lua ou de estrelas distantes. Cada tapeçaria, um mundo. Nestes mundos, a Fundação Cartier deixa-se invadir durante todo o inverno, até 16 de março de 2025, para grande prazer do público que vem em multidão descobrir a arte deste desconhecido.

Na Colômbia, seu país natal de onde nunca mais saiu, Olga de Amaral é uma celebridade da arte têxtil, enfim, da arte. Em França, ninguém a conhecia antes desta retrospectiva-revelação, a não ser alguns curiosos que a tinham visto na exposição. Decoro do Museu de Arte Moderna de Paris, em 2013.

Rica em 80 obras, a maioria das quais nunca cruzou o Atlântico, a exposição homenageia uma criadora de 92 anos que não tem nada a invejar à norte-americana Sheila Hicks. Bem conhecido em França, este último também desenhou todos os fios de criação possíveis. Tal como ela, a artista colombiana tem-se alimentado muitas vezes pela arte das tecelagens pré-colombianas, que fazem parte da sua história. Do qipu da tradição andina (essas cordas com nós que serviam para “escrever” contagens ou genealogias), ela aprendeu uma lição essencial: “Tópicos são como palavras para mim”ela resume.

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