Atrás de seu carrinho vermelho, Rafaela Travano, 24 anos, distribui pipoca em grandes sacos de papel kraft em frente a um shopping center no centro do Rio de Janeiro (Brasil), no dia 5 de dezembro. “Há cada vez mais clientes”alegra-se a jovem vestida de macacão, despejando óleo nas panelas onde vão estourar os grãos de milho. Embora tenha ficado desempregada durante a pandemia de Covid-19, ela voltou ao trabalho em tempo integral em 2023. “No início vendia apenas cerca de dez maços por dia, mas agora vendo mais de cem! »ela calcula.
Em tempo integral, sim, mas de forma informal, sem patrão, sem proteção e sem salário fixo. E ela não é a única neste caso: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 38,7% da população ativa do Brasil, ou 40,3 milhões de trabalhadores, não possuem contrato de trabalho com empregador. Fazem parte da economia paralela, que luta para diminuir, apesar da clara queda da taxa de desemprego observada nos últimos anos: 6,1% em Novembro, segundo estatísticas oficiais, o nível mais baixo desde 2012. declínio resultante do dinamismo económico de o país, cujo produto interno bruto aumentou 3,1% entre setembro de 2023 e setembro de 2024.
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