Dois anos e dez meses após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o gás russo continua a circular através de gasodutos ucranianos para os países da União Europeia (UE). Mas Volodymyr Zelensky, no final de agosto, fez saber que queria pôr fim a esta situação paradoxal. O Presidente da Ucrânia não pretende renovar o acordo de trânsito russo-ucraniano que expira na terça-feira, 31 de dezembro, um contrato de cinco anos entre a empresa pública ucraniana Naftogaz e a produtora Gazprom, da qual o Estado russo é o acionista maioritário. Se se confirmar, o fim do acordo russo-ucraniano será, em primeiro lugar, sinónimo de perda de rendimentos para o Kremlin, mas também para Kiev, em menor grau.
O gasoduto da Irmandade remonta ao final da década de 1960, durante a União Soviética. Através da Ucrânia, estabelece a ligação entre a Rússia e vários países europeus. Desde 2022, a Áustria e a Eslováquia continuam a ser os dois países que mais importaram gás através deste gasoduto, à frente da República Checa, Hungria, Itália e Eslovénia.
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