E se a música de Bad Bunny foi a melhor resposta dos porto-riquenhos aos excessos de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, de quem um dos motoristas descreveu o país “ilha flutuante de lixo” durante uma reunião no Madison Square Garden em Nova York, 27 de outubro de 2024?
O sucesso deste artista, um dos mais ouvidos no mundo com Taylor Swift, The Weeknd e Kendrick Lamar, é uma resposta contundente a esta metáfora racista pronunciada durante este evento. Bad Bunny, cujo nome verdadeiro é Benito Antonio Martinez Ocasio, lançou seu novo álbum no domingo, 5 de janeiro, um dia antes do Dia de Reyes (Dia de Reis), feriado emblemático de seu país, Debí tirar mas fotos (“Eu deveria ter tirado mais fotos”). Desde o seu início modesto na plataforma SoundCloud, o rapper porto-riquenho, de 30 anos, navega entre o reggaeton e o hip-hop, o pop e a salsa, e conseguiu conquistar a cultura popular anglo-saxónica, mantendo-se fiel à sua língua, o espanhol, um verdadeiro manifesto contra o monopólio da cultura pop americana.
Nostálgico, ele relembra os momentos marcantes de sua vida, daí esse título em forma de arrependimento por não ter preservado mais vestígios de sua jornada. O álbum é acompanhado por um curta-metragem transmitido no YouTube. Um velho de tênis encontra ali seu terreno e diz: “ Já viajei para muitos países e nada é como Porto Rico. »
Você ainda tem 67,97% deste artigo para ler. O restante é reservado aos assinantes.