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Mpox: primeiro caso da nova variante identificada na França

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Um primeiro caso da nova variante mpox foi identificado em França, anunciaram esta segunda-feira as autoridades de saúde, que querem tranquilizar quanto ao risco de infeção para a população em geral, mas reiteram as medidas de prevenção para os públicos-alvo.

“O Ministério do Trabalho e da Saúde” foi informado “de um primeiro caso humano de mpox do clade 1b no território nacional, na Bretanha. As medidas de gestão recomendadas foram postas em prática”, indica à AFP o Ministério da Saúde num comunicado de imprensa. , confirmando informações do diário regional Ouest-France.

“O caso relatado diz respeito a uma pessoa que não viajou para a África Central, uma área onde os diferentes clados do vírus mpox circulam ativamente há vários meses, incluindo o clade 1b”, especifica o comunicado de imprensa.

“Esta pessoa, no entanto, esteve em contacto com duas pessoas que regressavam da África Central, estão em curso investigações para descobrir a origem da contaminação e identificar todas as pessoas de contacto”, acrescenta.

O ministério lembra que quatro países do Espaço Económico Europeu (EEE) identificaram casos de mpox do clade 1b desde este verão: Suécia, Alemanha, Reino Unido e Bélgica.

O risco de infecção pelo subtipo I da varíola dos macacos para a população em geral em França e na Europa é considerado baixo pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), observa ainda o comunicado de imprensa.

-Nível de alerta mais alto –

“Mas podem ocorrer casos esporádicos, ligados a países com circulação viral mais intensa. A ocorrência deste caso em França foi rapidamente detectada graças ao sistema de vigilância em vigor.”

De acordo com Ouest-France, a mulher que testou positivo para mpox clade 1b mora na Bretanha e foi diagnosticada no Hospital Universitário de Rennes. Ela “está bem”, afirma o diário sem citar fonte.

A varíola é caracterizada por lesões cutâneas, como pústulas, febre alta e dores musculares.

Identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo (RDC) em 1970, a doença permaneceu durante muito tempo confinada a cerca de dez países africanos.

Mas em 2022, começou a espalhar-se para o resto do mundo, especialmente para os países desenvolvidos onde o vírus nunca tinha circulado.

Estão a ocorrer duas epidemias simultâneas, uma causada pelo clade 1 na África Central, afectando principalmente crianças, e outra pela nova variante, clade 1b, que afecta adultos noutra região, no leste da RDC, e em países vizinhos.

Em novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu manter o nível de alerta mais elevado relativamente à epidemia, devido ao aumento dos casos e dos países afetados.

A República Democrática do Congo (RDC) é de longe o país mais afectado por este vírus, anteriormente denominado “varíola dos macacos”.

Em 2024, 215 casos de mpox, todos devidos ao clade 2b, foram declarados à Saúde Pública Francesa, com uma média de 3 casos declarados por semana no final do ano.

As autoridades de saúde recordam a importância da vacinação para populações de alto risco – incluindo homens que mantêm relações homossexuais com múltiplos parceiros, ou profissionais do sexo – e como medida reativa para casos de contacto.

Pessoas com laços estreitos com os países da África Central onde o vírus mpox circula ativamente também podem ser vacinadas, indicam ainda as autoridades.

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