A Transnístria mergulhou em uma “crise energética, mas também humanitária” após o fim do gás russo, segundo uma autoridade local
A Transnístria, um território separatista pró-Rússia na Moldávia, encontra-se numa situação de “crise energética” E “humanitário”alerta um responsável local responsável pelas questões económicas, uma semana após a cessação dos fornecimentos vitais de gás russo.
Durante uma reunião, o responsável local pelas questões económicas, Sergei Obolonik, afirmou que o pequeno território está mergulhado numa crise “crise energética, mas também humanitária”. Segundo ele, 13 milhões de m3 de gás foram colocadas em reserva antes do corte e ainda permitem abastecer algumas infra-estruturas e os fogões a gás nas cozinhas dos edifícios residenciais. Mas esta reserva só permite durar vinte e quatro dias. A crise é acompanhada por uma explosão no consumo de eletricidade porque os moradores utilizam aquecedores elétricos individuais para compensar, explicou Sergei Obolonik.
A gigante russa Gazprom forneceu até agora a Transnístria através do fornecedor local Tiraspoltransgaz, sem que esta empresa pagasse por essas entregas. A entidade separatista enviou pedidos de pagamento à Moldávia, aumentando gradualmente a dívida da Moldávia para com a Gazprom. O conflito sobre a dívida a liquidar com a Gazprom – estimada em mais de 700 milhões de dólares (671 milhões de euros) pela Rússia, mas estimada em cerca de 9 milhões (8,6 milhões) pela Moldávia – levou a Rússia a cortar a torneira de 1er Janeiro. Desde então, as autoridades da Transnístria tiveram de introduzir cortes de energia e encerrar muitas indústrias.
O resto da Moldávia tem sido até agora poupado aos cortes, nomeadamente graças à ajuda da vizinha Roménia e depois de ter tomado medidas drásticas para reduzir o seu consumo.