Abandonando seu tradicional uniforme, Joseph Aoun fez sua entrada solene de terno e gravata na quinta-feira, 9 de janeiro, no palácio presidencial Baabda, localizado nas alturas de Beirute. Sua esposa e seus parentes esperavam por ele na escadaria. Acabava de ser eleito por ampla maioria, obtendo, no segundo turno, os votos de 99 dos 128 deputados, e prestou juramento perante o Parlamento. Joseph Aoun, que completará 61 anos em 10 de janeiro, toma posse num período de grande incerteza, marcado por uma trégua frágil após a guerra de Israel no Líbano para enfraquecer o Hezbollah durante o outono de 2024, e pelas convulsões regionais – derrubada do Bashar Al- Regime de Assad na Síria, conflito Irão-Estados Unidos – do qual Beirute não pode escapar.
Aquele que até então era chefe do Exército nunca foi candidato declarado ao cargo de presidente, vago desde o outono de 2022, quando terminou o mandato do seu antecessor, Michel Aoun (com quem não tinha qualquer relação). Mas, a partir dessa altura, e apesar da falta de vontade que demonstrou em entrar no pântano político libanês, o seu nome circulou nos meios de comunicação social e nas chancelarias, como o de um potencial presidente, embora a Constituição estipule que um alto funcionário público não pode ser eleito durante o mandato.
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