![Agnès Pannier-Runacher após o conselho de ministros no Eliseu, em Paris, 8 de janeiro de 2025.](https://img.lemde.fr/2025/01/08/0/0/5700/3801/664/0/75/0/5a42c7d_ftp-import-images-1-hsv6etxattkp-5682978-01-06.jpg)
Os pescadores obrigados a interromper a sua atividade durante um mês no Golfo da Biscaia para proteger os golfinhos serão novamente compensados em mais de 80%, anunciou quinta-feira, 9 de janeiro, a Ministra da Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher.
O Ministro da Transição Ecológica, cuja pasta também inclui a pesca, confirmou o encerramento da pesca no Golfo da Biscaia para todos os navios com mais de 8 metros de 22 de janeiro a 20 de fevereiro – uma medida já em vigor no ano passado na sequência de uma decisão judicial, que será renovado em 2026.
“Obviamente iremos compensar”disse ela no canal Senado Público, anunciando “20 milhões de euros em envelope mobilizado para compensar os pescadores e também compensar aqueles a jusante do sector, as pessoas que trabalham por trás dos pescadores”. Esta dotação para 2025 é ligeiramente superior à do ano anterior, que foi de quase 19 milhões de euros, destinada sobretudo aos pescadores, mas também aos peixeiros, adiantou o gabinete do ministro.
Testando dispositivos para espantar golfinhos
“Em qualquer caso, garantimos os meios”sublinhado Mmeu Pannier-Runacher, observando que na França “os pescadores são compensados até 80 a 85% do seu volume de negócios”muito além dos 46% registados para os pescadores espanhóis.
Paralelamente, serão testados equipamentos, incluindo câmaras e dispositivos repelentes ou destinados a espantar golfinhos, em colaboração “com pescadores e com cientistas”Para “demonstrar que somos capazes (…) conciliar a pesca e a preservação dos golfinhos”ela disse novamente.
Cerca de 300 navios franceses – número correspondente a barcos com mais de 8 metros que pescam habitualmente na zona correspondente – são afetados por este encerramento mensal, imposto devido ao encalhe de numerosos golfinhos nas praias do Golfo da Biscaia.
“Dividimos o número de golfinhos encalhados por quatro, então funciona. Todo o trabalho que temos pela frente, e que deve ser feito com muito rigor, é colocar em funcionamento este equipamento que irá manter os golfinhos afastados dos barcos e que permitirá efectivamente aos pescadores continuar a sua profissão.”declarou o ministro.