A expressão deixou a sua marca: durante o seu discurso de 16 de janeiro de 2024, Emmanuel Macron defendeu uma “Rearmamento demográfico” do país. E prometeu, entre as principais medidas para reanimar uma taxa de natalidade francesa a meio mastro, uma “grande plano para combater a infertilidade” – “flagelo” E “tabu do século”nas palavras do Presidente da República. Um ano depois, no terreno, ainda se aguarda o eletrochoque, há preocupação entre as fileiras dos cuidadores e das associações de pacientes.
Para Samir Hamamah, chefe do departamento de biologia reprodutiva do Hospital Universitário de Montpellier e coautor de um relatório sobre as causas da infertilidade, apresentado ao executivo em fevereiro de 2022 e que deveria inspirar este futuro “grande estratégia nacional”, há uma emergência. “Tudo fica muito lento enquanto há um incêndio na casa”, disse o médico, lembrando que mais de 3 milhões de pessoas em idade fértil são afetadas pela infertilidade, potencialmente o dobro quando se contam os parceiros. Além disso, a curva da taxa de natalidade “continua caindo”. Em 2024, nasceram 663 mil bebés em França, ou 2,2% menos que em 2023, e 21,5% menos que em 2010, segundo dados publicados pelo INSEE na terça-feira, 14 de janeiro.
Você ainda tem 76,11% deste artigo para ler. O restante é reservado aos assinantes.