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nove estudantes de extrema direita multados após vandalizar uma estátua de Simone Veil

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O busto de Simone Veil em La Roche-sur-Yon (Vendée), em março de 2024.

Nove estudantes, activistas da Action Française, movimento monarquista de extrema-direita, foram multados em 500 euros cada pelo tribunal de La Roche-sur-Yon (Vendée), quinta-feira, 16 de janeiro, por terem vandalizado, em março de 2024, um busto de Simone Véu.

Os activistas, dos quais apenas dois estiveram presentes para ouvir a sentença, foram também condenados a pagar mais de 4.600 euros à cidade de La Roche-sur-Yon por danos morais e materiais. Estas sanções são inferiores às exigências do Ministério Público que solicitou, durante uma audiência em Dezembro, uma pena de prisão suspensa de seis meses e uma proibição temporária dos direitos civis.

A Action Française de Vendée reivindicou nas redes sociais a responsabilidade pelos danos cometidos nesta estátua de Simone Veil, manchada de tinta vermelha e coberta com um slogan hostil à interrupção voluntária da gravidez (IVG).

Já vandalizado em 2019

Em um vídeo que acompanha a reclamação, pudemos ver cerca de dez pessoas filmadas por trás colocando bonecas salpicadas com sangue falso ao pé da estátua e depois tingindo de vermelho a água da fonte que a estátua tem vista.

Também colocaram pedaços de papelão sob o busto de Simone Veil alegando que “a Constituição está matando nossos filhos”. A mensagem de protesto, publicada nas redes sociais pela Action française de Vendée, estabeleceu uma ligação direta entre esta cena macabra e “a cerimónia de inclusão do aborto na Constituição Francesa” organizado no mesmo dia em Paris.

Simone Veil aprovou a lei que descriminaliza o aborto em França, cujo quinquagésimo aniversário celebrámos na sexta-feira.

A estátua de Simone Veil já tinha sido vandalizada com tinta em 2019, menos de uma semana após a inauguração da praça que leva o seu nome em La Roche-sur-Yon.

O mundo com AFP

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