![Pessoas deslocadas por confrontos entre grupos armados se refugiam no estádio General Santander, em Cúcuta, na região de Catatumbo, Colômbia, em 19 de janeiro de 2025.](https://img.lemde.fr/2025/01/20/0/0/5885/3924/664/0/75/0/64b259b_sirius-fs-upload-1-csbw9i4p5b9s-1737389389482-800108.jpg)
Mais uma vez, eles fogem. De canoa, moto, carro, caminhão, a pé, os moradores da região colombiana de Catatumbo tentam escapar de ameaças e balas. Nesta parte do nordeste da Colômbia, na fronteira com a Venezuela, os guerrilheiros do Ejercito de Liberación Nacional (ELN) lançaram uma ofensiva mortal desde quinta-feira, 16 de janeiro, para eliminar o seu rival local, um grupo dissidente do antigo grupo guerrilheiro Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC).
Segundo as autoridades, mais de 80 pessoas foram mortas em quatro dias, principalmente civis. E mais de 11 mil outros optaram por partir, em pânico e sem bagagem, para encontrar refúgio nas cidades vizinhas de Tibu, Ocaña e Cúcuta, ou mesmo na Venezuela.
“Estamos enfrentando uma das maiores e mais graves crises humanitárias que o Catatumbo já conheceu, senão a maior”, declarou, segunda-feira, 20 de janeiro, Iris Marin Ortiz, chefe da Defensoria del Pueblo (instituição responsável por garantir o respeito aos direitos humanos), especificando que o número de pessoas que fugiram poderia ser “muito mais alto”. Na manhã de segunda-feira, os deslocados continuaram a chegar aos precários pontos de acolhimento instalados em ambos os lados da fronteira.
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