A modéstia – ou a modéstia – obriga, François Asselin não assume o crédito apenas para si. Depois de dez anos à frente da Confederação das Pequenas e Médias Empresas (CPME), o principal sucesso que relata é fruto de um trabalho “coletivo” : ele acha que, graças à sua ação e à dos demais líderes do seu movimento, os patrões das empresas com 10 a 250 funcionários estão agora “um pouco mais compreendido” pelo resto da população. Embora a votação deva ocorrer na terça-feira, 21 de janeiro, para designar seu sucessor, o sexagenário deixa a presidência de uma organização que conseguiu agradar seu “irmão mais velho”, Medef, mas não a ponto de roubar a liderança dele.
Eleito em janeiro de 2015 no lugar de Jean-François Roubaud, Asselin estabeleceu como objetivo transformar a sua confederação, frequentemente associada à figura do patrão preguiçoso. “Sabíamos opor, nesta casa, mas muitas vezes não sabíamos propor”ele resume. A mudança ocorreu em diversas direções. A vitrine, antes de tudo, com um novo logotipo e uma nova marca: no início de 2017, a Confederação Geral das PME passou a ser CPME – ponto final. Uma alteração muito discreta do seu bilhete de identidade. Tão discreto, de facto, que os serviços de Matignon se esqueceram quando notificaram os jornalistas de que o Primeiro-Ministro, François Bayrou, iria receber o Sr. Asselin no dia 7 de Janeiro como um “presidente da CGPME”…
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