Depois de abrir uma fábrica na Alemanha e na Hungria, a empresa chinesa CATL planeia abrir uma terceira unidade em Espanha. Esta última se dedicará à produção de baterias para carros elétricos, no âmbito de uma aliança com o grupo Stellantis. Melhor: outras marcas também poderiam se beneficiar com isso. Neste caso, o preço dos seus carros elétricos poderá cair naturalmente.
A União Europeia quer luta contra carros elétricos chineses que chegam em massa ao seu território, com grande reforço de impostos e outras medidas de todo tipo. O fato é que além dos próprios carros, muitos dos elementos que os compõem ainda vêm do Império Médio.
Baterias produzidas na Europa
Este é particularmente o caso das baterias, que são amplamente produzido na China. A grande maioria vem de um fornecedor que atualmente domina de longe o mercado. Trata-se da CATL, empresa fundada em 2011, que atualmente representa nada menos que 45% de participação de mercado. O suficiente para dominar a sua rival BYD, bem como a empresa menos conhecida CALB. Esta gigante chinesa das baterias quer acelerar o seu desenvolvimento na Europa nos próximos anos.
Na verdade, a empresa está já estabelecido no Velho Continente já há algum tempo, já que possui uma fábrica na Alemanha e outra na Hungria. Ela agora quer ir ainda mais longe. A informação foi confirmada por Pan Jian, vice-presidente da CATL, divulgado pelo site especializado Jiemian. Um novo local de produção verá oficialmente a luz do dia, desta vez instalado na Espanha. No momento, as informações sobre ele ainda são bastante raras.
Uma coisa é certa: a gigante chinesa não estará sozinha nesta grande aventura. Com efeito, a construção desta fábrica é, de facto, o resultado de uma colaboração com o grupo Stellantis, no âmbito de uma joint venture anunciada no final do ano passado. Concretamente, esta nova unidade de produção será responsável pelo fabrico de baterias LFP (lítio – ferro – fosfato) para a empresa franco-italiana. O que será então em detrimento de a firma tricolor ACCresultado da colaboração entre Stellantis, Total Energies e Daimler.
Recorde-se que é a empresa que deve produzir as baterias LFP para os Peugeot e-3008 e e-5008, mas encontra muitos problemas, que a obrigam a deitar fora grande parte da sua produção. Como resultado, os atrasos acumulam-se e o fabricante prefere procurar outro lugar. E por uma boa razão, cada vez mais marcas querem adote esse tipo de químicao que não é isento de consequências. A Northvolt sueca também está a lutar para acompanhar o ritmo e corre agora o risco de falência.
Carros mais limpos e mais baratos
Recorde-se que a tecnologia LFP é claramente mais barato que a química NMC (níquel – manganês – cobalto), o que obviamente tem uma vantagem inegável na redução do preço dos carros elétricos. O que explica em grande parte por que cada vez mais fabricantes estão fazendo essa escolha. Segundo a CATL, a fábrica a instalar em Espanha terá uma capacidade de produção anual capaz de atingir 50 GWh. Isto permitirá à Peugeot, mas também a todas as marcas que utilizam estas baterias fabricadas na Europa, tornar os seus carros ainda mais limpos.
A fabricação de baterias na China é feita em condições nem sempre éticas nem ambientalmente amigável. Já no Velho Continente os padrões são muito mais rígidos. Além disso, não é só a Stellantis que deverá beneficiar dos acumuladores aqui produzidos pela gigante chinesa. Se nada for confirmado ainda, outros fabricantes também poderão ter o direito. O site Notícias sobre carros na China menciona em particular a Renault ou mesmo a Mercedes e a BMW: esta é a grande novidade, pois poderia beneficiar muito mais do que a Stellantis.
Além disso, em abril passado, a CALT tornou-se o primeiro fabricante de baterias a receber a certificação da Volkswagen para testes de módulos. É, portanto, muito provável que a empresa alemã recorra à gigante chinesa para equipar os seus automóveis. Ao mesmo tempo, o grupo sediado em Wolfsburg possui mais ações da Northvoltjá que a empresa ainda produz baterias para a marca de caminhões Scania. Mas até quando? Por enquanto, nada é certo ainda…