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No norte da Cisjordânia, os palestinos não têm coragem de comemorar o retorno dos prisioneiros

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Há muito tempo que os palestinianos não tinham essa oportunidade de se alegrar. Sábado, 25 de janeiro, em troca dos quatro soldados israelenses libertados pelo Hamas, 200 prisioneiros foram libertados pelo Estado judeu, 121 dos quais foram condenados à prisão perpétua. Em toda a Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, foram organizadas celebrações discretas em homenagem a fantasmas, por vezes encarcerados durante décadas.

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Como Ra’ed Al-Saadi. Preso em 1989, aos 21 anos, ele era o prisioneiro mais velho da província de Jenin, no norte da Cisjordânia. O tribunal militar que o julgou considerou-o culpado de organizar ataques contra soldados e civis israelitas. Condenado a duas penas de prisão perpétua, recuperou este sábado a liberdade, aos 57 anos, depois de trinta e seis anos atrás das grades, e partiu imediatamente para a sua aldeia de origem, Silat Al-Harithiya.

Nesta cidade agrícola, situada no meio de olivais, não muito longe de Jenin, a sua família prepara o seu regresso num salão comunitário. A comemoração continuará modesta, explica Ammar, irmão do ativista: “Queríamos organizar uma cerimónia muito simples, apenas com bandeiras palestinianas e não com as dos partidos políticos, porque é um grande momento de alegria nacional, como não víamos há anos. É triste que esta alegria seja manchada pelo facto de tantos dos nossos serem mortos em Gaza. E pelo facto dos nossos pais e do nosso irmão mais velho terem morrido antes do regresso de Ra’ed. Nosso pai teria adorado abraçá-lo…”

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