![Um médico de médicos sem fronteiras (MSF) examina, diante da mãe, uma criança que sofre de desnutrição, no serviço pediátrico do Hospital Regional, apoiado por MSF, Herat, Afeganistão, 28 de outubro de 2024.](https://img.lemde.fr/2025/02/04/0/0/5500/3667/664/0/75/0/725307b_sirius-fs-upload-1-2nmrss9te3mw-1738689259356-365466.jpg)
Logo após as 16h, no final de janeiro, na época do lançamento dos escritórios da ONU, no oeste de Cabul, a equipe local terminou o dia. Nos corredores do vasto complexo da ONU cruzando homens e mulheres, funcionários afegãos e internacionais, deixando uma impressão de normalidade neste país que vive sob a lei islâmica desde o retorno do Talibã no poder, em agosto de 2021. Fora, carros aguardam esses afegãos. Outros sobem em microônibus. Tudo voltará no dia seguinte. No entanto, essa cena não é trivial. As Nações Unidas e essas mulheres derrotam da regra que proíbe ONGs e outras organizações internacionais de acolher funcionários locais, se estes não estiverem estritamente separados de nenhuma presença masculina.
Uma situação em que o líder espiritual e político do movimento islâmico, o Emir Haibatullah Akhundzada, não quer mais ouvir. No início de dezembro de 2024, ele reuniu -se em sua fortaleza de Kandahar, no Ao sul do país, as principais figuras do regime a impor, por decreto, o fechamento de todas as ONGs nacionais e estrangeiras usando mulheres afegãs. Essa medida é desafiada por certos participantes e, por enquanto, repelida. Mas é apenas uma questão de tempo. O futuro das ONGs, incluindo a ONU, está no coração de um confronto entre os clãs do Taliban, cujo resultado parece favorável aos mais conservadores, ansiosos para preservar sua autoridade aos olhos da base do Taliban mais radical. Em 26 de dezembro, o Ministério da Economia e as Finanças do Taliban, da qual as ONGs dependem, disse que qualquer estrutura não cumpre essa medida seria removida sua licença operacional.
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