![Ilustração do evento de registro no KM3NET. A linha branca simboliza a trajetória de neutrinos e os flashes coloridos, o traço deixado pelo Muon.](https://img.lemde.fr/2025/02/12/181/164/927/618/664/0/75/0/2ed28b0_sirius-fs-upload-1-d6gxhp25o6ft-1739367903377-unnamed-1.jpg)
Registro quebrado. Pulverizado, até. Uma colaboração predominantemente européia acaba de observar, no Mar Mediterrâneo, o mais enérgico das partículas elementares, pois detalha em Natureza Quarta -feira, 12 de fevereiro. Vinte mil vezes mais enérgico do que na colisão de partículas mais poderosa, LHC, no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear. Trinta vezes mais do que o recorde anterior. As únicas partículas mais agitadas do que são raios cósmicos, sopros de prótons, portanto não -elementares e que podem atingir uma energia mil vezes maior.
No idioma dos físicos, o registro vale 220 PETA-électronvolts (PEV), ou 220 bilhões de milhões de elegantes. Um eletronvolt é a energia de um elétron acelerado apenas por uma tensão de 1 volt. E os 220 pevs equivalentes à energia cinética de uma bola de pingue-pongue caindo em 1 metro … ridículo, então? Na verdade, não, porque estamos falando de uma partícula de bilhões de bilhões de vezes menor que a bola branca.
Que partícula é essa? Sem dúvida, um dos mais fascinantes: o neutrino. Como o nome sugere, essa família, a segunda mais abundante do universo, não carrega uma carga elétrica. O neutrino também está quase sem massa e vai quase na velocidade da luz. E interage muito fracamente com a matéria. Cem bilhões de bilhões atravessam cada centímetro quadrado da nossa pele a cada segundo do sol, sem incidentes. Uma vez criado, ele gira em uma linha reta sem ser desviado de sua trajetória por campos magnéticos ou outras partículas e sem parar. Tanto é assim que um sonho de um dia de observar os emitidos logo após o Big Bang.
Você tem 73,76% deste artigo para ler. O restante é reservado para assinantes.