CIDADE DO MÉXICO — A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse na quarta-feira que o assédio que sofreu por parte de um homem bêbado na rua perto da sede do governo do México foi uma agressão a todas as mulheres e por isso decidiu apresentar queixa contra ele.

A prefeita da Cidade do México, Clara Brugada, anunciou durante a noite que o homem havia sido preso.

Em um vídeo que circulou amplamente nas plataformas sociais, o homem parecia se inclinar para um beijo e tocar o corpo do presidente com as mãos na terça-feira. Ela gentilmente afastou as mãos dele, mantendo um sorriso rígido enquanto se virava para encará-lo. Ela podia ser ouvida dizendo em parte: “Não se preocupe”.

Na quarta, Sheinbaum foi firme ao enfatizar que esta não foi a primeira vez que sofreu tal assédio e que o problema ia muito além do presidente. “Nenhum homem tem o direito de violar esse espaço”, disse ela.

“Decidi prestar queixa porque isto é algo que vivi como mulher, mas que nós, como mulheres, vivenciamos no nosso país”, disse ela. “Já experimentei isso antes, quando não era presidente, quando era estudante.”

O incidente imediatamente levantou questões sobre a segurança do presidente, mas também foi um exemplo notório do tipo de assédio que as mulheres enfrentam diariamente em todo o México.

Sheinbaum explicou que ela e sua equipe decidiram caminhar do Palácio Nacional até o Ministério da Educação para economizar tempo. Ela disse que eles poderiam caminhar em cinco minutos, em vez de fazer uma viagem de 20 minutos de carro. Ela disse que não mudaria sua forma de agir.

Brugada usou um pouco da linguagem de Sheinbaum ao ser eleita a primeira mulher presidente do México para enfatizar que o assédio a qualquer mulher – neste caso, a mais poderosa do México – é um ataque a todas as mulheres.

Quando Sheinbaum foi eleita, ela disse que não foi apenas ela que chegou ao poder, foram todas as mulheres. Brugada disse que isso “não é um slogan, é um compromisso de não olhar para o outro lado, de não permitir que a misoginia continue velada nos hábitos, de não aceitar uma única humilhação adicional, nenhum outro abuso, nenhum feminicídio a mais”.



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