SOFIA, Bulgária – As autoridades marítimas búlgaras lançaram no sábado esforços para evacuar a tripulação do petroleiro Kairos encalhado no porto de Ahtopol, no Mar Negro, e que se acredita fazer parte da “frota sombra” usada pela Rússia para escapar às sanções internacionais ligadas à sua guerra na Ucrânia.

Na semana passada, o Kairos de 274 metros, com bandeira da Gâmbia, pegou fogo após um suposto ataque com drones navais ucranianos no Mar Negro, perto da costa turca. Ele navegava vazio do Egito em direção ao porto russo de Novorossiysk.

O Kairos, de 149 mil toneladas, anteriormente sinalizado como panamenho, grego e liberiano, foi construído em 2002. Foi sancionado pela UE em julho deste ano, seguido pelo Reino Unido e pela Suíça.

O navio entrou nas águas territoriais da Bulgária na sexta-feira, sendo rebocado por um navio turco, mas a missão foi abandonada abruptamente, deixando o petroleiro à deriva pelo mar sem energia, como um navio fantasma, antes de encalhar a menos de uma milha náutica da costa.

No sábado, Rumen Nikolov, responsável pelas operações de resgate na Agência Marítima Búlgara, disse que deve ser estabelecido através dos canais diplomáticos a razão pela qual o petroleiro foi trazido para as águas territoriais da Bulgária.

Nikolov explicou que o petroleiro vazio está estável apesar do mau tempo, acrescentando que não há perigo nem para a tripulação nem para o ambiente. Disse que todos os 10 tripulantes, de diferentes nacionalidades, estão em boas condições e têm comida e água suficientes para cerca de três dias. “Quando o tempo acalmar, o navio será rebocado para um local seguro”, acrescentou.

O chefe da polícia de fronteira, Anton Zlatanov, disse ao canal Nova TV, que a comunicação foi estabelecida com a tripulação, que cumpriu as ordens e lançou âncora, e que o navio está atualmente estável numa posição ao largo de Ahtopol. “A tripulação expressou o desejo de ser evacuada, mas isso deve ser feito da forma mais segura possível”, acrescentou Zlatanov.

Zlatanov observou que o petroleiro está sendo monitorado por um sistema de comunicação de rádio, câmeras térmicas da costa e um sistema de radar, enquanto a comunicação com a tripulação é mantida.



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