Dois juízes do Supremo Tribunal iraniano foram assassinados no sábado, 18 de janeiro, em Teerão, por um homem armado, anunciou a agência oficial da autoridade judicial, Mizan Online. Dois chefes do Supremo Tribunal, os juízes Ali Razini e Mohammad Moghisseh, foram mortos no complexo do Supremo Tribunal, no sul da capital iraniana, e o agressor cometeu suicídio, disse Mizan Online.
A agência não forneceu detalhes sobre as motivações do perpetrador, mas disse que ele “não tinha um caso perante o Supremo Tribunal”. O caso, muito raro no Irão, “agora sujeito a investigação”acrescentou Mizan, chamando o crime de ato “terrorista”.
Os dois juízes mortos no sábado eram Hodjatoleslam, um clérigo xiita de nível médio, que presidiu audiências em grandes julgamentos nos últimos anos. Mohammad Moghisseh, 68 anos, teve uma longa carreira no sistema judicial desde o estabelecimento da República Islâmica em 1979. Foi sancionado em 2019 pelos Estados Unidos por ter “supervisionou inúmeros julgamentos injustos”.
Por sua vez, Ali Razini, 71 anos, ocupou cargos importantes nos sistemas judicial e político do Irão. Em 1998, então chefe do judiciário da capital, Teerã, foi alvo de uma primeira tentativa de assassinato, segundo Mizan.
Em Abril de 2023, um aiatolá membro da Assembleia de Peritos, o colégio responsável por nomear, supervisionar e eventualmente destituir o Líder Supremo, foi baleado e morto no norte do Irão. Em 2005, o juiz do tribunal revolucionário de Teerão, Massoud (Hassan) Moghadas, foi assassinado nas ruas de Teerão.
