Ccomo um gostinho de déjà vu. A Nissan, uma empresa ciclotímica, está a passar por uma grave depressão que pretende curar com uma dieta rigorosa… e um novo casamento. Ainda não se separou totalmente da Renault, que ainda detém 36% do capital, que já pretende casar com a compatriota Honda. As duas empresas confirmaram discretamente o seu projecto sindical, revelado pelo diário japonês Nikkeis, Terça-feira, 17 de dezembro. Mais aquisição do que casamento, na verdade. A Honda, o segundo maior fabricante de automóveis japonês, está avaliada na bolsa em mais de 40 mil milhões de euros, enquanto a Nissan mal ultrapassa os 8 mil milhões.
Mas, tal como em 1999, quando a empresa se atirou nos braços da Renault para escapar à falência, a Nissan, também o maior accionista da Mitsubishi, não tem realmente escolha. Suas vendas despencaram na China e nos Estados Unidos, enquanto sua margem operacional caiu de 5,6%, no primeiro semestre de 2023, para 0,5% nos primeiros seis meses de 2024. O grupo anunciou, em novembro, um plano de reestruturação que prevê 9.000 cortes de empregos e redução de 20% na capacidade de produção.
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