“Eu rapidamente abandonei o sistema escolar. Eu não aguentava ficar sentado numa sala de aula o dia todo, ouvindo alguém falar. Não foi por tédio ou provocação, mas porque causou em mim uma profunda ansiedade. Então, por volta dos 13 ou 14 anos, consegui parar de ir às aulas. Comecei um CAP em eletricidade, porque o mundo empresarial me interessava. Mas para conseguir o CAP tem que fazer cursos, e isso para mim era impossível… Tive que conseguir ficar na vida, manter um emprego sem diploma.
Continuei na eletricidade por um tempo, depois fiz uma entrevista para ser vendedor em uma loja da Disneyland Paris, perto da qual morava na época. A entrevista foi muito difícil, porque não falo inglês, mas consegui o melhor que pude e consegui o emprego. Durante dois anos, esse trabalho me abriu para o mundo. Tive colegas e clientes de todas as nacionalidades, foi extremamente enriquecedor, para mim que nasci em Chelles (Seine-et-Marne). Meu subúrbio é um círculo restrito: só conhecemos pessoas locais, raramente vamos a Paris.
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