Uma queixa foi apresentada ao centro nacional de luta contra o ódio online, segunda-feira, 20 de janeiro, após a onda de assédio cibernético que atingiu o jornalista de Mundo Ivanne Trippenbach, responsável pela cobertura do funeral de Jean-Marie Le Pen em La Trinité-sur-Mer (Morbihan), nove dias antes. No sábado, 11 de janeiro, o jornalista, afeto ao serviço de grandes repórteres, foi enviado ao local para fazer uma reportagem sobre o funeral do ex-líder da extrema-direita francesa, falecido no dia 7 de janeiro, aos 96 anos.
“Durante este funeralespecifica a reclamação, Mmeu Ivanne Trippenbach foi inicialmente autorizada a assistir à cerimónia, com outros jornalistas, antes de ser convidada a sair em condições que não estavam isentas de uma certa brutalidade. Esta exclusão impediu-a inicialmente de escrever o artigo para o qual fora enviada pela redação do jornal. O mundo e a levou a retornar a Paris no final da tarde. »
Mas enquanto ela ainda estiver lá, “uma onda de assédio digital” é lançado, primeiro pelo relato de um ativista da mídia Fronteiras (ex-livro negro), antes de se espalhar para sites próximos à extrema direita e em “perfis de redes sociais ligados a este movimento”. Em poucas horas, dezenas de mensagens insultuosas e ameaçadoras foram publicadas na rede social X (antigo Twitter): “Bata nela”, “Apedrejamento”, “grande merda”, “jornalope podridão”. Os relatos apelam explicitamente à violação ou publicam a fotografia de uma forca e de um laço, revelando parte dos dados telefónicos pessoais do jornalista.
“Solte. “Aquele que vive pela espada perecerá pela espada.”insta o deputado UDR (União dos Direitos pela República, partido de Eric Ciotti aliado ao RN) do 5ºe círculo eleitoral de Gard Alexandre Allegret-Pilot, citado nominalmente na denúncia e que nesta fase permanece presumido inocente, numa mensagem decorada com um emoticon representando um coração.
O mundo está totalmente associada à apresentação da denúncia de Ivanne Trippenbach. “Não permitiremos que passe nenhuma campanha de assédio ou ameaças contra nossos jornalistas”afirma a direção do jornal.